O Arcebispo de Santa Cruz, Bolívia, Dom Sergio Gualberti, manifestou a sua tristeza e repúdio pela profanação da capela e pelo saque do colégio localizados dentro da prisão de Palmasola.

Em uma mensagem divulgada em 18 de março, o Arcebispo atribuiu a destruição desses lugares à intervenção policial realizada em 14 de março no Centro de Reabilitação Santa Cruz-Palmasola a fim de apreender drogas e armas que estivessem nas mãos dos presos.

Como consequência do confronto entre os presos e a polícia, sete pessoas morreram e mais de vinte ficaram feridas.

Na Missa, celebrada na Catedral de Santa Cruz, Dom Gualberti convidou a rezar pelas vítimas e pelas suas famílias e expressou sua tristeza e repúdio pelos “excessos cometidos na intervenção dentro da prisão”.

O Prelado explicou que o colégio foi construído pela Igreja local “com a finalidade de ajudar na reabilitação desses irmãos”. Eles quebraram as portas, pegaram pertences e subsídios educacionais.

Na capela, “destruíram um quadro, uma imagem da Virgem Maria e outra do Menino Jesus. Tiraram os quadros das paredes e deixaram tudo desorganizado, tiraram os objetos sagrados (paramentos litúrgicos) do armário da Sacristia”, descreveu.

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“Nunca havia acontecido isso na capela e jamais os presos desrespeitaram este lugar de culto”.

Dom Gualberti recordou que este local foi visitado em julho de 2015 pelo Papa Francisco, que “se deteve em recolhimento e oração pelo bem dos privados de liberdade”.

“Eu me pergunto: Quem fez isso e o que eles queriam? Por aversão ao Senhor e à Virgem ou para intimidar a Igreja pelo trabalho que realiza pelas pessoas que estão privadas de liberdade?”, questionou.

“Diante destes atos de brutalidade e de violência irracional, olhemos para Aquele que foi colocado na Cruz, para que nos leve em sua corrente de amor”, concluiu.

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